Avril Lavigne deu uma nova entrevista para a coluna Stellar da edição australiana do DailyTelegraph. A cantora falou sobre seu novo álbum Head Above Water, que será lançado em fevereiro de 2019, o relacionamento com o ex-marido Chad Kroeger, que participou da produção do disco, e como é viver com a doença de Lyme.
Você esteve fora do radar nos últimos anos – e recentemente revelou que, na verdade, estava de cama por causa da doença de Lyme. Você sabe como a contraiu?
Eu definitivamente já fiz muita trilha e caminhei bastante em florestas.
Como foi ser forçada a desacelerar?
De certa maneira, eu percebi que tirar uma folga é uma coisa boa. Eu nunca tinha tido uma desde quando comecei ainda adolescente, sempre estava indo entre o estúdio de gravação e as turnês. Viajando e viajando!
A sua saúde é algo que você precisa ficar sempre de olho?
Sim, eu tenho. Houve um tempo em que minha saúde foi totalmente retirada de mim. (Preciso me cuidar) para agora estar de volta, fazer um disco inteiro, gravar videoclipes, fazer sessões de fotos e começar a tocar novamente. Isso me deixa muito feliz!
Mal posso acreditar no quanto senti falta disso. É quem eu sou. Quando fiquei doente, pensei: “Bom, acho que não vou mais trabalhar, acabou”.
Enquanto eu estava na cama me recuperando, sem sequer pensar em fazer um disco, comecei a escrever músicas, naturalmente. Foi muito bom vivenciar isso, pois me mostrou que não importa o que aconteça, a música está em mim. Não é algo forçado, apenas está lá, é uma parte de quem eu sou.
O seu single de retorno, Head Above Water, é uma balada que requer uma voz poderosa. Você ficou surpresa que a sua não foi afetada por estar doente?
Eu estava realmente preocupada que quando eu voltasse, teria que me fortalecer e cantar antes por um tempo para que a minha voz voltasse ao estágio em que se encontrava. Mas acho que essa redefinição funcionou para mim emocionalmente, fisicamente e espiritualmente.
Passar por um momento tão difícil como esse nos redefine e muito! Me sinto bastante orgulhosa e vitoriosa por ter enfrentado isso e agora estar aqui! Estou muito feliz por minha primeira música (depois de tantos anos) ser sobre essa experiência. E como não poderia ser?
Foi difícil passar pela sessão de gravação dessa canção?
Eu lembro que houve um momento em que o Chad (Kroeger) estava gravando meus vocais (para essa música) e teve que me tirar de lá da cabine de gravação porque eu ia chorar. Sempre que você chora no estúdio, nunca é uma coisa boa para as cordas vocais, já que ficam “apertadas” e podem mudar completamente o tom. Ele ficou tipo: “Não, não, não, não chore!” Aí me afastei do microfone, fui ao banheiro, me sentei no chão e coloquei a cabeça no lugar. Esse pode ser o motivo pelo qual as pessoas conseguem sentir a emoção na faixa.
Era importante ter alguém como o seu ex-marido, que conhece você tão bem, no estúdio de gravação?
Chad e eu somos bons amigos! Nós permanecemos próximos e ele me apoia até hoje. Então foi muito especial tê-lo lá para me ajudar.
Você lançará seu novo álbum no próximo ano. Pretende visitar a Austrália?
Eu amo a Austrália, vocês sempre me deram muito apoio. Me lembro de ter surfado lá na praia de Manly, em 2011. Não posso acreditar que fiz isso! Me lembra muito o Canadá, em como as pessoas são tão boas e relaxadas. Fiz amigos aí!
Ficar alguns anos fora dos holofotes pode ser algo arriscado. Você ficou aliviada por ver que seus admiradores ainda estão aqui?
Sim! Fiquei impressionada com a força da minha fanbase, mesmo depois de uma grande pausa como essa. Eles estão muito presentes, eu posso vê-los online. Eles têm voz e fazem barulho! Foi muito bom me reconectar com todos eles.
