
“O meu amigo Ryan Cabrera, estava dando uma festa no domingo do Super Bowl. Ele me enviou o endereço do local, um condomínio realmente bem agradável. De início, não perguntei nada. Quando entrei na casa, os convidados estavam assistindo futebol. Tomamos alguns drinques, comemos batatas fritas e guacamole. Uma reunião totalmente normal, com amigos assistindo TV. Em determinado momento, fui ao banheiro e quando saí de lá vi um piano de cauda, que tinha uns 3 metros. É um instrumento que cresci tocando durante toda a minha vida. Foi o meu primeiro amor, no que diz respeito à música. Perguntei ao Ryan: “Você se importa se eu tocar?”. Apenas me sentei em frente ao piano e comecei a tocar. Cerca de 15 minutos depois, vejo uma pessoa vindo pelo corredor! Quando se aproximou, percebo que é Avril Lavigne! Parei imediatamente, e ela me disse: “Não, por favor, continue. Não ouço meu piano tocar tão bem há muito tempo”. Eu fiquei na defensiva, tentando salvar a minha pele, tipo: “Oh, Meu Deus, esta é a sua casa, o piano é seu! Sinto muito, eu não sabia, deveria ter perguntado”. Avril me respondeu: “Não, não, não, soa tão incrível. Por favor, continue tocando!”.
Ela então se sentou ao meu lado. Eu estava ao lado de uma das maiores artistas do nosso tempo. A situação acabou virando uma espécie de karaokê. Podíamos ouvi-la cantando, sua voz é absolutamente deslumbrante. Achei tão nostálgico escutar aquilo. Chegou a amiga dela, ficamos fazendo covers. A garota disse: “Vocês deveriam compor em parceria, pois parecem incríveis juntos!”. Avril olhou para mim e perguntou: “Isso é algo que você faz? Escreve para e com outras pessoas?”. Fiquei tipo: “Totalmente!”. Ficamos conversando, nos conhecendo. Não voltei para sala para assistir ao futebol depois de conhecê-la. Eu fiquei encantado com sua personalidade! Aprendemos muita coisa juntos, trocamos números. Voltei para a minha casa e comecei a trabalhar em várias ideias. Me senti tão inspirado, motivado e influenciado, que as coisas surgiram muito rapidamente. Enviava para ela várias dessas anotações por mensagem, bem como alguns áudios. Avril ficava tipo: “Nunca vi alguém tão entusiasmado, vamos fazer isso!”. Acabamos nos encontrando para compor pessoalmente no dia seguinte, e o resto é história.
Head Above Water aconteceu de uma maneira muito espontânea, parece até destino. Acho que por esse motivo foi tão bem! Quando nos deparamos com momentos verdadeiramente genuínos durante o processo de composição, só pode sair mágica. Trabalhos em cerca de três canções juntos. Acabou que nem tudo entrou, mas ela me falou: “Eu quero colocar isso no meu próximo álbum. Você gostaria de escrever comigo para o sétimo disco?”. Então, agora estamos trabalhando juntos em seu próximo trabalho, que é outro momento totalmente emocionante”.
Saiba mais: Em entrevista ao Zach Sang Show, Avril definiu a parceria como uma experiência espiritual. Assista ao vídeo legendado clicando AQUI.
“Nos encontramos algumas vezes em Los Angeles, e também na casa dela em Toronto, que tem um estúdio de gravação e várias guitarras na parede. Certa vez, li um livro que tem um trecho que diz basicamente assim: “Se você tem guitarras e placas na parede que mostram seus feitos do passado, perceberá que ainda pode realizar novas coisas”. Andando pela casa dela, e vendo todas essas conquistas pelas quais ela tem sido tão abençoada, realmente me inspira. Enquanto estamos trabalhando, fico ouvindo as coisas que ela produz e observando como sua mente funciona em criação.
Um dia, Avril me disse: “Ei, eu vi que você publicou umas fotos com seu amigo Machine Gun Kelly. Acha que ele gostaria de escrever conosco?”. Fiquei tipo: “Sim!!!”. Então mandei uma mensagem para ele: “Ei, quer trabalhar em algumas músicas comigo e a Avril para o próximo disco dela?”. E ele: “Absolutamente!”. Tudo se transformou em sessões de estúdio muito legais, das quais nunca pensei que eu seria parte um dia.
Esse encontro aconteceu especificamente quando (a minha banda) We The Kings tocou em Los Angeles, no ano passado. Eles estavam na cidade, e os convidei para o show, depois saímos juntos. Eles nunca haviam se conhecido antes, mas obviamente respeitavam a música um do outro.

Avril Lavigne, Machine Gun Kelly e Travis Clark
Passamos um tempo juntos no ônibus da turnê, e depois nos divertindo durante o show, vimos as pessoas enlouquecendo na plateia. E como artista, é isso o que realmente faz com que as ideias comecem a girar em nossa mente. Estando naquele cenário, nos três consolidamos a ideia de Avril em fazermos alguma coisa juntos, pelo simples fato de estarmos relaxados e apreciando a companhia um do outro. Penso que o que faz uma canção soar verdadeira, é a decisão de sermos genuínos. Assim, os fãs veem o quão transparente somos, pois sempre são atraídos por músicas e letras que nascem assim”.
– Travis Clark, vocalista do We The Kings, em entrevista ao AltPress, janeiro de 2020.
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