“Eu tenho ouvido de novo Let Go, o álbum de estreia da Avril Lavigne. Me lembro de escutar esse disco quando tinha 12 anos, e que ficava pensando: “Sim, eu sou uma garota roqueira!”, enquanto usava minha regata branca e uma gravata.
É ótimo ver que ela e a Alanis Morissette ainda estão por aí fazendo suas coisas. A maneira como as pessoas veem potencial na música pop pode ser bastante tóxica, especialmente quando se trata de mulheres, pois, na maioria das vezes, ligam isso ao fator da beleza.
Portanto, sempre que vejo artistas como elas que já trabalham há muito tempo, quero dar o meu apoio. Sei como essa indústria pode ser difícil, para que aquelas acima de uma certa idade sejam respeitadas como performers, compositoras e musicistas especialistas que são.
Em breve, completo 30 anos. É ótimo tê-las como referência. Assim, não fico tipo: “Por que não sou a Billie Eilish? Por que não tenho 15 anos?”.
– Entrevista ao The Guardian, abril de 2020.
