
The Best Damn Thing trouxe mudanças no som e na imagem de Avril Lavigne. Já em 2007, em entrevistas para o eTalk, MTV e Toasted, embora não precisasse, ela esclareceu a escolha de fazer algo completamente diferente em seu terceiro disco de inéditas:
“Então, eu percebi que as minhas músicas eram muito lentas. Sempre tocava canções como Forgotten no piano e adoro todas elas, mas é que toda noite o clima do show era muito pesado. Daí pensei: “Cara, já sei o que vou fazer no meu próximo disco. Vou torná-lo divertido”. Não queria que fosse para baixo, então me distanciei disso. Quando as letras estavam caminhando para um lado depressivo, eu ficava tipo: ‘Não, não, não!'”.
Rendendo discussões entre os fãs mesmo 13 anos depois, o álbum acabou se tornando um dos mais conhecidos da artista. Todos estavam acostumados a uma outra postura dela, mas embora tenha sido difícil para alguns admiradores enxergarem no início, hoje não é tão complicado entender que Avril também tinha o direito de mudar de opinião: “Acho que quando comecei aos 17 anos, eu era muito jovem, meio moleca. Simplesmente saí daquela fase, estou mais velha, agora dizem que pareço mais feminina. Sou uma pessoa completamente diferente e ao mesmo tempo não. No início, como era tão popular, muita gente me achava uma falsa. Se alguém tivesse me aconselhado como deveria me comportar, teriam me dito para falar e me vestir melhor, não xingar… Teriam me transformado em alguém legal”.
Novamente, em 2011, ao ET Canada, ela falou do assunto: “Sabe, eu fiz algo normal e natural, que foi crescer. Nada foi calculado!”. A partir de Goodbye Lullaby, Lavigne tentou romper com a proposta do trabalho anterior, mas enfrentou problemas com gravadoras, com o lançamento de singles que ela sentia que não representavam seus projetos:
“A partir dali as lágrimas começaram. A maior parte do tempo na minha carreira, queriam que eu escrevesse outra Girlfriend. Eles não estavam interessados em baladas. Sou altamente intuitiva e sempre senti que sabia o que era melhor para mim, e por isso tive que encarar diferentes pessoas nessa jornada. Me diziam coisas do tipo:
“Você precisa fazer isso assim e tem que alcançar o Top40 das canções mais tocadas”. Então, a gente acaba fazendo aquelas músicas, mas no entanto, o melhor no disco são as demais faixas. Neste novo selo, estou sendo tratada como uma artista de legado. Foi a primeira vez, desde o meu primeiro disco, que me falaram: ‘Tire o tempo que você precisa e escreva a música que você quer escrever'”, ela contou ao The Guardian, em janeiro de 2019, sobre o processo criativo de Head Above Water.
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