“Essa coisa de celebridade tem aumentado bastante. Não sei como me sinto em relação a isso, é parte da nossa cultura agora, procuro me preservar. Quando voltei para Ásia para promover meu segundo disco, minha equipe me alertou sobre as câmeras dos celulares nos shows, para que eu não estranhasse o comportamento dos fãs. Naquela época, isso não era algo muito comum nos Estados Unidos. O quão estranho é pensar nisso hoje?
A maioria de nós já passou pela experiência de não viver assim, mas atualmente todo mundo faz registros todos os dias. Tenho trabalhado sem parar desde que assinei o contrato com a minha primeira gravadora. As turnês, por exemplo, são muito cansativas e tomam cerca de um ou dois anos das nossas vidas, mas eu gosto. Cresci em uma cidade muito pequena, busquei muito por tudo isso e consegui.
Penso que nós artistas temos que ter muito cuidado com isso de ser “a estrela”. Quando nos vemos assim, pode parecer que tudo gira ao nosso redor. Sempre tentei separar bem as coisas. Quando estou no palco me apresentando é uma coisa, um lado meu, mas nos momentos de folga é outra situação. Por isso, deixei de morar em Los Angeles por um tempo, pois nos 10 anos ininterruptos que vivi lá, voltava da estrada e não me permitiam deixar a celebridade de lado para fazer atividades normais, como ir às compras ou algo assim. Senti que não seria bom para mim se continuasse desse jeito por ainda mais tempo.
Quando vivi na França por quatro meses, em 2012, foi como se eu tivesse esquecido que era uma cantora conhecida. Fiquei em contato comigo mesma. Quando era mais jovem, eu só queria saber de ir a boates e de ser uma estrela do rock, mas agora estou em um momento diferente”.
– Entrevista ao The Sun, junho de 2013.
